domingo, 10 de junho de 2007

Prisão

Parece que o mundo se move a toque de caixa
Como se uma banda silenciosa e extasiada
Se divertisse, de uma forma marginal,
A marcar nossos tempos e nossos passos,
Como que ao som de uma marcha...

Não como outrora a marcha de liberdade,
Mas são sim passos, tempos, compassos,
Para os quais não temos resposta,
Andando meio perdidos
Ao bater da marcha...

Os pensamentos ficam confusos,
os olhos inertes fixam o objectivo,
Aproveitando o caminho, a mente vagueia
Procurando a obcecada ordem, escapa qualquer som furtivo,
Sem nunca perder o compasso da marcha...

Alguém achou que tinha o direito de nos roubar o caminho,
De decidir por nós, porque perante caos não se vive...
Será que se morre?? Porque sem regras nada resulta...
Será que falha?? Construiram-se as respostas antes das perguntas:
Ao ditar daquela marcha...

E assim funciona um mundo,
quando os dias parecem os mesmos
Pois alguém se lembrou que podia
fazer a ditadura saber a torresmos
E aquela marcha...

Depois há os teimosos,
Os que gritam, cantam,
Os que fervilham de ideias
Os que se livraram das mesmas teias
Andam ao som da marcha...sabendo que dela não fogem não!

Sem comentários: