terça-feira, 4 de dezembro de 2007

E a Alma permanece...

É ao correr da pena
Que as lágrimas escrevem
O que a gargalhada esconde
E as memórias temem

A ti, meu avô
Dedico o meu pensamento
Para que de ti não me esqueça
Desafiando o meu tormento.

Ensinaste-me que a Terra era redonda
O quão feio era mentir
O valor da Verdade e da Honra
O quão bom era sorrir!

Rejeitaste a vaidade
Intoleraste a intolerância
Proclamaste a piedade
Combateste a petulância.

Escondeste todos os medos
Sofreste sozinho horrores:
Por outros darias a vida
Por outros afundaste-te em dores!

Quanta foi a minha impaciência
Quantas vezes contigo gritei
Agora que te recordo com franqueza
Sinto o quanto te amo, o quanto te amei...

Quem dera poder voltar atrás
Abraçar-te novamente
Acariciar a tua cabeça
Encher-te de beijos, ver-te contente

Muito do que sou, a ti devo
Dia-a-dia cumpro meu caminho:
Pulsa em mim teu exemplo
Sinto em mim teu carinho!

A ti, Abel, filho sofrido
Faço esta breve homenagem
A um pai amigo
A um avô de coragem!!!

Onde quer que estejas...Parabéns, de ti nunca me esqueço!

2 comentários:

|SuBzEr0| disse...

A saudade eterna dos que partem para não voltar é sempre algo dificil de remediar.

Restam as memórias para compensar as perdas!

Saudações lisboetas :P **

leo.valentim disse...

ok minha amiga,fizeste-me chorar...em tudo o que li revi a minha tão amada avó, que completaria dia 13 de dezembro os grandes 84 anos...tocou amiga...és grande Ju...beijao para o meu norte**