Que as lágrimas escrevem
O que a gargalhada esconde
E as memórias temem
A ti, meu avô
Dedico o meu pensamento
Para que de ti não me esqueça
Desafiando o meu tormento.
Ensinaste-me que a Terra era redonda
O quão feio era mentir
O valor da Verdade e da Honra
O quão bom era sorrir!
Rejeitaste a vaidade
Intoleraste a intolerância
Proclamaste a piedade
Combateste a petulância.
Escondeste todos os medos
Sofreste sozinho horrores:
Por outros darias a vida
Por outros afundaste-te em dores!
Quanta foi a minha impaciência
Quantas vezes contigo gritei
Agora que te recordo com franqueza
Sinto o quanto te amo, o quanto te amei...
Quem dera poder voltar atrás
Abraçar-te novamente
Acariciar a tua cabeça
Encher-te de beijos, ver-te contente
Muito do que sou, a ti devo
Dia-a-dia cumpro meu caminho:
Pulsa em mim teu exemplo
Sinto em mim teu carinho!
A ti, Abel, filho sofrido
Faço esta breve homenagem
A um pai amigo
A um avô de coragem!!!
Onde quer que estejas...Parabéns, de ti nunca me esqueço!
2 comentários:
A saudade eterna dos que partem para não voltar é sempre algo dificil de remediar.
Restam as memórias para compensar as perdas!
Saudações lisboetas :P **
ok minha amiga,fizeste-me chorar...em tudo o que li revi a minha tão amada avó, que completaria dia 13 de dezembro os grandes 84 anos...tocou amiga...és grande Ju...beijao para o meu norte**
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